terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Grave Hora da Graviola

-Alberta...vc pegou as chaves?
-Peguei as chaves e os molhos!
-Molhos ? Eu levei os molhos.
-Então o que foi que peguei além de chaves?
-No mínimo pegou o gato que deixei embrulhado...
-Por isso os peguei...gatos embrulhados lembram muito os molhos de outrora...
-Sim, tenho que comprá-lo comida é bem lembrado...
-Que vá! Desembrulhe o gato antes.Coitadinho. Pode haver o refenestramento.
-Ora...devolva-me o felino e cuidarei dele...que coisa chata..agora, em pleno século 21, não podemos sequer guardar o gato.
-Deixarei o gato onde o peguei...agora estou já longe cruzando a rua do Ourives passando pela barbearia. Convém avaliar que guardado não é o mesmo que embrulhado... se fosse assim presentes jamais seriam abertos!
-ah...que bom...avise, portanto o Nelson que devo barbear-me lá pelas onze horas do domingo...mande um abraço a ele também, diga que não me esqueci das graviolas. No fundo devo-lhe razão, mas não a perdoarei...uma vez que o gato é meu.
-Se é da tua alçada, carregue-o pois tu! Acabo de larga-lo ao pé de Nelson e vou-me...
-Avisou-o?
-Disse que vou-me!
-Faça assim, deixe com ele o gato...diga a ele que pego depois do campeonato de pipa... a senhora anda meio irritada, percebo. Eis que chegando a tomarei nos braços para uma conversa íntima.
-Todos vocês usadores de calças pensam que qualquer entrelaçar de cinturas resolve os quiçás desta vida...traga-me graviolas e conversamos.
-Sim...levarei sim as graviolas, e levarei uma jaca que colhi no quintal de minha cunhada...e não digas que não gostas da minha cintura.
-Não gosto de cinturas pretenciosas cavalheiro.
-Minha cintura com você sempre foi sincera, sabes que a aprecio além do normal e mais....cuido da cintura para seu aconchego...e das graviolas para adoçar a sua vida...andas meio amarga.
-Bem ficarei-te a esperar graviolas da estação!


BY BIAH SPEERS E EVERTON

domingo, 15 de janeiro de 2012

Vamos fazer o seguinte:

Eu me coloco aqui em palavras fingindo ser da mais alta intelectualidade e você... você se coloca daí como o mais interessado leitor sedento por novidades.
Daí eu discorro sobre algum assunto interessante e isso engloba de chocolate a mimiógrafo e adoto os macetes dos escritores, ou alguns deles de laçar a mente toda vez que ela tenta escapulir...e acredite, são técnicas infalíveis!
E você aí começa a acreditar que valeu mesmo a pena ler algumas linhas minhas, aconchegasse na sua conciência e alegra-se.
Eu finjo que já não sabia que isso ia acontecer e no fim do texto pareço falar sozinha o que lhe causará compaixão.
Despeço-me com a frase reticenciosa, aquela que deixa subentendido um: -até breve!...e me vou.
Terminamos assim nosso momento.
Cumprimos bem nosso papel e pronto, não atrapalhamos o curso natural das coisas.

Eu com isso decido não parar o desenhar de frases...