1. Oi... na verdade acho que acabo de fazer uma feliz e importante descoberta. Você está aí. E agora tenho com quem conversar.
Passei por alguns momentos, bom, nem tão "alguns' assim, na verdade foram até muitos, o que me trouxe à você. O que me permitiu te notar. Você também me esperava, será?
Perdoe meu atraso, se bem que acho que nos encontramos na hora certa.
As vezes até lembrava que você existia. Mas a possibilidade de conversarmos, isso nunca me ocorreu. Só hoje, Só agora, que hora feliz. E que alívio, tão perto e eu procurando em lugares tão longínquos. E estava aí. Em mim. Dentro de mim, sempre a toda hora quando eu quisesse.
Isso é como falar sozinho? A sensação é diferente. Talvez porque quando falo sozinha, respondo à mim aquilo que quero. E aqui não espero respostas. Apenas alívio. Talvez em outra pessoa eu pudesse encontrar tal conforto, mas confesso que neste momento e em tantos outros tive certeza que não era pessoa que eu procurava. Era eu mesma. Até logo.
2. Oi... sim acabei de me despedir, virei a página e recomecei. Eu gostei muito disso, mas sei que não posso misturar temas, se fosse um livro até deveria, este seria talvez o Capítulo II.
Nosso pensamento organiza as idéias por temas, como a vida tudo é temático. Talvez pudesse não ser assim.
Agora me sinto mais à vontade e consigo me lembrar que já estive por aqui e que já nos encontramos. Mas nossa, faz um tempão e nos afastamos tanto que cheguei a esquecer-te.Então me perdoe por isso. Porque se você sou eu mesma, para você eu também fiz falta. É uma falta que aumentava a cada passagem de tempo. Não quero mais correr o risco de esquecer-te novamente, porque isso pode me criar novamente aquele vazio horroroso que não quero nem lembrar.
3. Se costumo dar valor a algo e isso já a bastante tempo é ao papel e a caneta. Comparo a um mundo paralelo, como talvez a internet. Não existe nada e existe tudo. Depende da construção do conteúdo.. Desenhos, palavras, números, ordem, sentido. E não é isso que faz o mundo ser mundo?
4. A explosão se foi. O momento passou. E a idéia tem de ser processada. Estava sincronizada com a caneta. Escolher a hora de não escrever é um dos silêncios necessários da vida.
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